Por Alcides Durigan
Nascido em 06 de setembro de 1953 o Prof. Dr. Roberto Ryuiti Mizobuchi faleceu em 31 de agosto de 2016, às vésperas de completar 63 anos de idade. Casado com a Sra. Lígia tiveram os filhos Fábio e Lívia.
Formando da 8º turma da Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) no ano de 1979, concluiu Residência Médica na Santa Casa de Misericórdia de Marília no ano de 1981, obtendo o Titulo de Especialista em Ortopedia de Traumatologia em Exame Nacional realizado em 30 de janeiro de 1982.
Ingressou, através de aprovação em Concurso Público, como docente da FAMEMA em outubro de 1988 e nesta instituição participou da organização do Serviço de Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia (credenciado pela SBOT e MEC), no qual exerceu a função de assistente, preceptor e atualmente com Chefe do Serviço, atuando também como coordenador do Centro de Reabilitação Lucy Montoro, anexo à FAMEMA.
Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Artroscopia, Sócio Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Foi um dos pioneiros em atuação na cirurgia artroscópica do joelho no Brasil e na cidade de Marília, realizando seu aprimoramento na década de 80 no Japão, com o Prof. Watanabe (precurssor da artroscopia).
Acolhido pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, concluiu curso de Mestrado em 13 de maio de 1988 e Doutorado em 31 de maio de 2000, com linha de pesquisa na área de joelho, especificamente quanto a alterações em joelhos de crianças portadoras da Síndrome de Down.
Pai, esposo, amigo e educador era reconhecido pelos colegas médicos e em sua rede de relacionamento social pela seriedade e retitude de caráter, sendo extremamente dedicado tanto em suas atividades médicas como administrativas. Seu lema na formação dos residentes visava a formação da pessoa humana, do médico e finalmente do especialista em Ortopedia e Traumatologia. Destacava-se pelo acolhimento aos subordinados e amigos, diz-se que “o Dr. Roberto tira a própria camisa para ajudar um amigo ou subordinado”.
Austero e ao mesmo tempo acolhedor, entusiasta em participar e promover encontros científicos e na área social teve sua ultima participação social em dezembro de 2015, durante festividade de confraternização que promovia anualmente com amigos e colaboradores. Após 8 meses de luta, vencido pela doença não se despede da vida derrotado: deixa um legado de extrema dedicação à profissão médica tendo cultuado como ninguém a amizade.