Para comemorar o Dia do Médico (18 de outubro), a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional São Paulo (SBOT-SP) resolveu apresentar um panorama da especialidade no país. O médico ortopedista é um dos profissionais mais procurados pela população brasileira, ficando atrás apenas do cardiologista.
Atualmente são mais de 13 mil especialistas (de acordo com os dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina – CFM) para atender uma população com mais de 190 milhões de habitantes. São cerca de seis profissionais para atender 100 mil habitantes, mas a distribuição é bastante irregular. Mas desses, apenas 3.477 atuam na área com carteira assinada, de acordo com a última Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
A maioria dos profissionais está em São Paulo (com 3.819 profissionais registrados), Minas Gerais (com 1.419) e Rio de Janeiro (1.417). Os Estados do Norte apresentam a menor concentração: Roraima (18), Amapá (26) e Acre (29). “Por isso apoiamos a construção da carreira médica, pois acreditamos que desta forma será possível equilibrar a quantidade de profissionais nos Estados para atender toda a população”, explica Roberto Dantas Queiroz, presidente da SBOT-SP.
Para se formar especialista em Ortopedia e Traumatologia são necessários, no mínimo, 9 anos de estudo e dedicação. São seis anos cursando Medicina mais três anos de Residência Médica em Ortopedia. “Quando o ortopedista ainda quer se especializar em alguma área da Ortopedia como Cirurgia do Joelho, Quadril, Trauma, entre outras, é necessário ainda mais um tempo de empenho. Ou seja, apenas para se formar especialista, o médico passa mais de 10 anos estudando”, explica Dantas.
Mas muitas vezes isso não é de conhecimento da população, que desconhece o Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia (TEOT). “O Título dá segurança ao paciente, pois para tê-lo é preciso passar por quatro provas – uma teórica escrita, uma oral teórica, uma de exame clínico com modelos e outra de habilidade cirúrgica, durante dois dias, comprovando o conhecimento do profissional, garantindo assim um atendimento de alto nível à população”, enfatiza o presidente da SBOT-SP.
Após formado, com o título e já atuando no mercado, o ortopedista enfrenta também outros percalços que tanto a SBOT luta para serem sanados. São plantões intermináveis, falta de reconhecimento, além de se depararem com a dura realidade que assola todos os ortopedistas: honorários médicos defasados, difíceis relações com as fontes pagadoras, péssimas condições de trabalho, etc.
Compreendendo este movimento, a SBOT-SP tem procurado organizar atividades de valorização profissional e reconhecimento da população sobre a realidade destes profissionais. “São cursos e treinamentos mensais aos nossos médicos e campanhas públicas, como a segurança sobre duas rodas, mochilas escolares, carnaval sem trauma, entre outras”, conta Dantas.