Com o tema “Entre de cabeça nessas férias, mas cuidado com mergulho em águas rasas”, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) lançam no mês de julho uma campanha que alerta sobre os perigos de mergulhar em águas desconhecidas. O tema é pertinente, pois o mergulho em água rasa é quarta causa de lesão medular no Brasil.
A maioria das lesões acontece em jovens na faixa etária de 10 a 30 anos e geralmente são localizadas na coluna cervical. As lesões podem variar desde traumas musculares como contraturas que podem cicatrizar de forma mais precoce até lesões e fraturas associadas a deslocamentos das vértebras. Podem cursar com alterações neurológicas causando perda de sensibilidade e da força muscular, podendo atingir os quatro membros do paciente.
No Brasil, existe uma imensa quantidade de rios, praias e cachoeiras e é nos meses de férias escolares (como julho e janeiro), que o número de acidentes aumenta e a causa pode estar associada com o modo como as pessoas entram na água.
Por isso, a SBOT e a SBC orientam que é necessário prudência e atenção ao entrar em águas desconhecidas. “Fazer o reconhecimento da região, entrando na água andando antes de dar o primeiro salto ou mergulho, é fundamental para evitar acidentes que podem ser incapacitantes e até mesmo fatais”, explica Sandro Reginaldo, presidente da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT.
– Não mergulhe em águas turvas ou desconhecidas;
– Não mergulhe após ingerir bebida alcoólica ou outras substâncias que atrapalhem os reflexos;
– Evite empurrar os amigos para dentro da água;
– E cuidado ao tentar ajudar uma pessoa que sofreu este tipo de lesão: caso queira que ela mexa a cabeça poderá piorar a lesão. O mais importante é imobilizar e chamar ajuda médica para adequada avaliação.
Deve-se ter muito cuidado ao querer ajudar neste momento, pois uma manipulação realizada de forma incorreta pode piorar a lesão. A vítima deve ser salva e levada para fora da água para prevenir o afogamento e aguardar a chegada da equipe médica especializada no atendimento de emergências.
Peça ajuda se presenciar um evento semelhante. No hospital, os médicos especializados irão avaliar e recomendar o melhor tratamento. Em casos leves, colares podem ser indicados e em situações mais graves a cirurgia pode ser a única solução. Cuidado e previna-se: a lesão na medula afeta os movimentos e a sensibilidade dos membros, podendo ter um final drástico.
– Paralisia de pernas e braços
– Danos para coluna vertebral
– Lesões como fratura e luxação
– Problemas neurológicos
– Trauma de crânio
– Fratura nas mãos, pés