No dia 24 de maio foi publicada uma matéria sobre a revogação do Ministério da Educação (MEC) da portaria que facilitaria a criação de novas vagas em cursos de Medicina ofertados no país. Leia aqui a notícia na íntegra. A decisão ocorreu após pressão de entidades médicas, que temiam a precarização do ensino.
Para o coordenador da Comissão de Defesa Profissional da SBOT, Yussef Ali Abdouni, assim que foi publicada a portaria 343 do MEC, que permitia a expansão do número de vagas e também dos cursos de medicina no país, as entidades médicas, entre elas a SBOT, mobilizaram-se rapidamente para que tal medida fosse revogada. Já é de conhecimento de toda a classe médica o enorme número de faculdades de medicina no Brasil, muitas abertas na última década, sem critérios claros. A portaria permitiria a abertura de até 37 mil vagas adicionais e causou, imediatamente, grande apreensão em todos nós.
Ressalta-se a participação da Frente Parlamentar da Medicina, sob a liderança do médico e Deputado Federal Hiran Gonçalves, neste processo. Falta de hospitais escola com estrutura adequada, falta de professores e preceptores, entre outros, foram os argumentos que acabaram fazendo o governo federal recuar e tornar nula esta portaria.
“Este episódio indica a importância de termos representação política atuante no Congresso. É lá que as leis são votadas e portanto, nesse ano, que teremos eleições parlamentares, devemos estar atentos e eleger candidatos comprometidos com as nossas pautas. Só assim, garantiremos que a Medicina não será mais alvo de medidas populistas dos governos, que sucateiam nossas condições de trabalho. A SBOT defende que cada uma de suas regionais apresente aos seus associados candidatos previamente sabatinados e que tenham assinado termo de compromisso com as nossas pautas. A exemplo da classe ruralista, que elege uma bancada forte e garante que seus interesses não sejam ameaçados em qualquer votação, médico tem que entender que sua melhor opção é votar em médico. Pense nisso!”, finaliza Yussef.